Às vésperas do aguardado confronto entre Arsenal e Manchester City no próximo domingo, um pensamento deve percorrer a mente dos adeptos e da equipa dos Gunners: a sorte de não terem de enfrentar Kevin De Bruyne. O maestro belga estabeleceu-se como uma verdadeira dor de cabeça para o Arsenal ao longo dos anos, personificando a superioridade do City nos embates recentes. As suas estatísticas são um testemunho eloquente desse domínio: nas 22 ocasiões em que enfrentou o clube de North London, De Bruyne marcou impressionantes oito golos e forneceu cinco assistências, deixando uma marca indelével de classe e destruição antes de seguir para uma nova aventura no Napoli. No entanto, o curso da história poderia ter sido radicalmente diferente, não só para os resultados destes jogos, mas para a própria carreira do jogador. Uma revelação surpreendente partilhada nas redes sociais pelo ex-jogador do Arsenal, Sanchez Watt, veio lembrar a todos que De Bruyne esteve perigosamente perto de vestir a camisola vermelha e branca.
Kevin De Bruyne tornou-se sinónimo de pesadelo para a defesa do Arsenal. A sua capacidade de ditar o ritmo de jogo, os passes visionários que furavam linhas defensivas e os poderosos remates de fora da área fizeram dele o principal arquiteto das inúmeras vitórias do Manchester City sobre os Gunners. Cada vez que as duas equipas se encontravam, a sombra do médio belga pairou sobre o jogo, sendo o principal ponto de preocupação para os estrategas do Arsenal. Estas performances não foram meras exibições de competência, mas sim demonstrações de completa autoridade, solidificando a sua reputação como um dos melhores jogadores da era Premier League e, ao mesmo tempo, tornando-o uma figura profundamente antipática para a Gooner Nation. A sua simples presença em campo era muitas vezes o factor decisivo que separava as duas equipas, um constante lembrete da qualidade de elite que o City possuía e que o Arsenal aspirava alcançar.
Numa reviravolta irónica do destino, precisamente no domingo que antecedia o clássico, o ex-jogador do Arsenal Sanchez Watt decidiu partilhar uma pérola do passado nas suas redes sociais. A publicação consistia numa fotografia histórica, que captura um momento há muito congelado no tempo: um jovem Sanchez Watt integrado num grupo de jogadores do Arsenal, muitos anos atrás. O elemento verdadeiramente chocante da imagem, que fez com que a publicação se tornasse viral instantaneamente entre os adeptos, não era Watt, mas sim a presença de um jovem e desconhecido Kevin De Bruyne, destacando-se timidamente entre os convocados dos Gunners. Esta imagem serve como um artefacto de uma realidade alternativa, um “e se?” gigantesco que obriga a repensar a narrativa dominante da última década do futebol inglês. A fotografia é a prova tangível de que os caminhos do Arsenal e de De Bruyne se cruzaram de forma muito mais íntima do que os registos oficiais sugerem.
A revelação desta fotografia abre as portas para um dos maiores exercícios de especulação da história recente do futebol: o que teria acontecido se Kevin De Bruyne tivesse assinado pelo Arsenal? Como teria evoluído a sua carreira sob a orientação de Arsène Wenger? E, mais crucialmente, como teria sido alterado o equilíbrio de poder na Premier League? A possibilidade de De Bruyne, no auge dos seus poderes, a comandar o meio-campo do Arsenal em vez de ser a peça central do projecto dominante do Manchester City, é um cenário que mistura fascínio com uma ponta de frustração para os adeptos dos Gunners. Terá sido um teste? Uma negociação que não avançou? Um simples momento de avaliação? As perguntas multiplicam-se, mas a imagem permanece como um símbolo de um futuro alternativo que nunca se concretizou. Ela levanta questões sobre os mecanismos de scouting, as decisões de transferência e os acasos do destino que moldam a trajectória dos clubes e dos jogadores.
Esta curiosidade histórica adiciona uma camada extra de profundidade à já intensa rivalidade entre Arsenal e Manchester City. A constatação de que o principal carrasco dos Gunners na última década poderia muito bem ter sido o seu talismã transforma cada embate num lembrete amargo de um caminho não percorrido. Enquanto o Arsenal se prepara para enfrentar o City, a ausência de De Bruyne no eleven inicial do rival pode trazer algum alívio, mas a sua sombra, e agora esta revelação do seu passado quase-arsenalista, continuarão a ser um fascinante ponto de discussão. A história do futebol é construída não apenas pelos feitos que aconteceram, mas também pelas oportunidades perdidas, e a imagem partilhada por Sanchez Watt é talvez uma das mais eloquentes e fascinantes oportunidades perdidas da era moderna.
